Carros FLEX e o rabo-de-galo das antigas

Pensado em 2010!

*Acho não ser um assunto para MECÂNICA mas apenas de copilar dados pessoais 

Já falei dessas taxas em outros lugares na internet. Na verdade, já FALAMOS, não é galera querida? 


 

Mas, veja minha constatação por minucioso copilamento de dados aferidos e diferentes cálculos revisados e testados 3 ou mais vezes. 

 

O Fiesta Sedan 2008 tem taxa de compressão 12,3:1 (motor ZetecRocam 1.6L). A fabricante o faz assim para ser um intermédio entre a taxa ideal para NOSSA Gasolina - (de 9,5 a 10,5:1) e de Etanol (13,5 a 14:1 - até mais em alguns casos). Eu chamo, aqui, de GB a Gasolina Brasileira (1/4 de álcool nela).

 

No caso a FORD dá mais enfoque ao ETANOL. Porém, como é que no Chevette 1,6 1985 a álcool (como chamado então, de taxa c.12:1 eu fazia 12 km/l no etanol e no Escort 1996 1.8i, de taxa 9,5:1 a gasolina que fazia 15,5 km/l, mas não consigo isso no Fiesta, mais moderno, leve, e coisa e tal de tecnologia?

 

Ora, claro: a tal taxa é um dos motivos. O Fiesta não foi feito NEM para o Etanol NEM para GB. Foi feito pra mistura. Claro! Sendo que nas pontas dos combustíveis o rendimento cai. 

 

EUREKA! Depois que decidi, metodicamente, abastecer usando a calculadora de bolso... a média rodoviária pulou de 10,5 km/l no etanol e 14,5 na gasolina para 13,5 na mistureba, rabo-de-galo, ALCOLINA. 

 

The Famous 'RABO-de-GALO' 

Sim, pois, tanta gente tem carro a gasolina e dá aquela rebaixada no cabeçote, troca a bomba, etc., pra fazer um rabo de galo e tal... sendo que a fábrica já vende uma GAMBIARRA dessas, e eu insistindo só no etanol (álcool).

 

Ah, tá, tudo bem, se eu quiser rodar no etanol a GAMBIARRA da FORD (ou outra fabricante qualquer) é ‘muiiiito’ boa, mas, por mais que eu pague no etanol um preço baratíssimo, ou até baratérrimo, sempre com um pouco de gasolina ainda compensa no rendimento e autonomia de percurso. 


Eu plotei tudo no EXCEL, e estou bem certo disso, pois, ao aplicar na prática, no carro, é tal qual descrevo. 

 

Resumidamente, comecei fazendo meu próprio E85 - o Etanol Estadunidense (EUA). Ele possui 85% de Etanol mais 15% de Gasolina PURA

Lembrando, nossa GB não é PURA, pois tem 75% de Gasolina Pura* mais 25% de ETANOL
(* pura sei lá, né! Quem põe a mão no fogo por combustível em posto de gasolina?)

Portanto, aplicando a regra matemática de proporções: 75% de gasolina na GB está para 15% de gasolina no E85. O coeficiente é 75/15=5. Ou seja, trabalharemos na proporção de 5 partes = 1 para cada 4 (5=1+4). 

Outra maneira de realizar o cálculo, se preferir: os 85% de etanol no E85 está para os 25% diluídos em nossa GB se acrescidos de 
E (etanol.) Quanto é E a mais que eu preciso? 

75/15=25%+E/85%

25%+E/85%=5

regra de três
25%+E=5*85%
25%+E=425%
E=425%-25%
E=400%
E=4 

Isto é 400% (POR CENTO, quer dizer, dividido por cem) = 4. 

Portanto, seja como for o cálculo, a cada parte de GB eu devo colocar 4 partes de E para totalizar (perfazer) minhas 5 (cinco) partes - o coeficiente lá de cima. É o quádruplo (4 vezes) de Etanol. 


Exemplo: se eu sei que vão caber 30 litros dentro do tanque, 1 (uma) parte deverá ser de GB, e o restante (4 parte) de E. Total = 5 partes.
(30/5)*4=24 litros de Etanol e (30/5)*1=6 litros de GB. Ou, se preferir: 30 (total) -24 (etanol) = 6 (GB)



Fácil, né?



Em 2010 o Etanol estava a R$ 1,50. O rendimento com ele seria de 10,5 km/l. Um total de arredondados R$ 0,14/km (exatos 0,142857143).  Abastecendo só com GB (Gasolina Brasileira), a R$ 2,50, teria 15 km/l = R$ 0,17/km.  Vantagem clara para o Etanol.

Neste 2014 temos, em média, R$ 2,10 o preço para E e R$ 3,00 da GB. O rendimento permanece, contudo, o coeficiente fica R$ 0,20 tanto E como GB. Por isso a preferência a GB, pois no empate a Gb vence na autonomia - preciso parar menos ao posto.

Porém, quando faço a mistura e coloco 1 parte de GB a cada 4 de Etanol significa que o preço é diluído, ou seja: (R$ 3,00 / 5) * 1 = R$ 0,60
+
(R$ 2,10 / 5) * 4 = R$ 1,68
=
R$ 2,28
Mas e o rendimento? Fica em 11,5 km/l. Assim, R$ 2,28/11,5 = R$ 0,19826/km. Pouca diferença, mas notem: misturando o desempenho é mais econômico. Até onde? Há como calcular o enriquecimento que posso fazer na mistura, i.e., aumentar a proporção de GB, e obter o menor valor por rendimento.
No caso de R$ 2,10 no Etanol e R$ 3,00 na gasolina, eu posso colocar 1 parte de GB a cada 3 de Etanol fazendo um E81? Ou ainda, 1GB e 2E = E75? Sim.

Se isso é útil pra mim? Bem mais por causa da autonomia - fazer viagens, IDA e VOLTA sem ter que parar no caminho para abastecer.


Imagine, então, como meu colega aqui, de frente, que roda 10.000 km/trimestre. Ao invés de gastar no ano cerca de R$ 8.000,00 de combustível, optando pelo E85 gastará R$ 7.930,40. Já é uma diferença boa pra comprar uma paçoquinhas na venda do Tio Zé! 

Porém, para os aficionados, rodar apenas no Etanol pode causar empecilhos na bomba de combustível (entre outros) ... e somente na GB carbonização. A mistura minimiza isso.

Pois bem, cabe a cada um experimentar e achar o melhor rendimento, se paciência houver. Uma coisa é certa: carro flex é feito para misturas. 

Hoje tenho um carro com motor diferente dos anteriores (motor ZetecRocam 1.6L taxa 12,3:1). Já não uso a estratégia E85 porque tenho um valor gasto/km igual fazendo E75 (motor MR20DE), quer dizer, 1GB+2E (misturas de 3 partes portanto), porém, com mais autonomia. O consumo está em 12,65 km/l. 

Calculando os preços: (R$ 3,00 / 3) x 1 = 1 + (R$ 2,10 / 3) x 2 = 1,4 = TOTAL R$ 2,40.
R$ 2,40 / 12,65 = c.0,19.